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sábado, 29 de dezembro de 2012

A ESPERANÇA NÃO PODE MORRER




Falar-se nos direitos das pessoas idosas é cuidar-se dos direitos daqueles seres humanos a quem tudo devemos. São eles os responsáveis pelos ensinamentos que colhemos ao longo da vida e também pelas boas realizações do mundo e da humanidade.

Então, o primeiro dever da sociedade é reconhecê-los como seres humanos dignos de todo o respeito e gratidão. Os idosos possuem todos os direitos que a generalidade das pessoas detêm e mais alguns direitos específicos em razão da especial fase da vida em que se encontram.

Isso porque a lei aumenta os cuidados com pessoas que merecem proteção especial em razão dos mais variados motivos e a chegada  dos sessenta anos de idade é um deles.
Por alcançar este tempo de vida, o idoso, além de prosseguir gozando de todos os direitos que já possuía, passa a ser titular de alguns outros. Exatamente aqueles que estão relacionados no Estatuto do Idoso.


Mas o que pretendo registrar neste espaço é que a realização desses direitos depende de cada um de nós.

Ao Estado, incumbe, ainda, assegurar-lhes tudo o que for necessário à sua preservação, à alimentação adequada, ao lazer, à educação, à previdência social, dentre outros.

Aqui neste site encontramos uma relação de todos os direitos dos idosos de forma bem clara:


O ano de 2012 está terminando e como última postagem do ano quero ressaltar mais uma vez a importância de lutarmos pelos nossos direitos.

Tudo isso está muito certo, mas o mais importante é a família, é o FILHO que ampara, que cuida, que leva ao médico, a fisioterapia, que introduz na sociedade, em fim, nós FILHOS ÚNICOS que não temos a ajuda de familiares, não temos também a ajuda e o reconhecimento do ESTADO.

Quero convocar a todos nesta situação para nos unir em 2013 e fazer valer uma LEI que proteja e ampare o FILHO ÚNICO CUIDADOR DE PAIS IDOSOS.

DESEJO   A TODOS UM ÓTIMO FINAL DE 2012 E UMA EXCELENTE ENTRADA EM 2013

 

 

 

 

 

Fonte parcial: Marcelo Malizia Cabral - Agora Paraná

terça-feira, 25 de setembro de 2012

QUEM CUIDA DE QUEM: RELAÇÃO PAIS X FILHOS NA MATURIDADE


Nascimento, crescimento e envelhecimento fazem parte do processo natural de qualquer família. A cada ciclo da vida, os componentes se modificam para conviverem melhor entre si. Na velhice não é diferente! É uma fase que proporciona novas emoções e desafios para o indivíduo e seus familiares.
Envelhecer é um processo contínuo e constante em nossas vidas e ocorre desde que nascemos. Com a maior expectativa de vida da população a convivência entre gerações tem ocorrido por mais tempo, o que promove mudanças nas relações, não só afetivas como também financeiras.
Dúvidas, inseguranças e medos podem surgir entre os familiares, principalmente nos filhos. Como lidar com algumas características tão peculiares dos pais idosos?
O envelhecimento de uma pessoa perpassa por diversas transformações físicas e psíquicas. O idoso costuma apresentar uma menor velocidade no processamento das informações, assim como a memória começa a falhar. As características da personalidade tendem a ser exacerbadas.
Os filhos podem se sentir confusos com esse processo. Aquele pai, antes visto como herói, forte, que sempre cuidou da família, começa a se fragilizar. Precisa ser cuidado e, geralmente, torna-se mais carente de afeto e atenção. Como lidar com isso? Em uma família numerosa torna-se mais fácil, enquanto que no nosso caso filho único a responsabilidade e a dedicação torna-se muito maior.

Tornar-se pai do seu pai ou mãe da sua mãe.

Nesse dilema, alguns filhos tendem a inverter os papéis com seus pais. “Tornam-se pais dos seus pais”. Mas, será que essa atitude, por mais que saibamos ser uma forma de cuidado, é saudável e a melhor para os mais velhos? Qual será o impacto psicológico disso para eles?
Os idosos são pessoas que, apesar de estarem passando por transformações, têm mais anos de experiência na vida adulta que seus filhos. Eles desejam ou precisam ser cuidados, apoiados, mas não infantilizados ou colocados em um papel de menor valia dentro da dinâmica familiar e social.
Ocorre, um empobrecimento relacional comum nessa fase da vida decorrente da diminuição do contato social. Isso pode culminar em um isolamento excessivo gerando diversas questões emocionais, como desamparo, insegurança, solidão, aumento da ansiedade e até depressão. Alguns fatores como a aposentadoria e a perda do companheiro tendem a intensificar tais comportamentos. Nesse contexto, a inversão de papéis entre pais e filhos pode agravar a situação. Quando isso ocorre, os idosos sentem-se dependentes e desvalorizados gerando uma baixa na autoestima e na autoimagem. A autonomia sobre suas próprias vidas torna-se restrita e a busca pela realização de conquistas pessoais é diminuída. É neste momento que aparecem as doenças e os cuidados aumentam.

A importância dos filhos

 Essa fase se configura em uma etapa de desenvolvimento, elaboração e realização de projetos pessoais. Há uma sabedoria e experiência adquiridas ao longo da vida que podem ser convertidas em aprendizado e transformações, de ambos os lados.
A família como um todo, principalmente os filhos, tem um papel fundamental nesse processo. É importante que o idoso sinta-se pertencente e participante desse grupo e não isolado.
Apoiar, acompanhar, dar atenção, suporte e carinho são formas de demonstrar afeto mais eficaz. Respeitar suas vontades e necessidades enquanto pessoas. Deixa-los realizar suas atividades e viver suas vidas como desejam são aspectos fundamentais para o melhor relacionamento entre pais e filhos na maturidade!


Por Viviane Lajter

terça-feira, 11 de setembro de 2012

ALGUMAS DAS NECESSIDADES DOS FAMILIARES CUIDADORES


Os familiares/cuidadores precisam entender como agir com o paciente. Primeiramente, devem incentivar as pesquisas que objetivam buscar a causa e possível cura da doença.
Cuidar de um idoso doente e dependente não é tarefa fácil. É necessário verificar junto aos outros membros da família e amigos em quais atividades eles poderão estar ajudando, isso quando existem, mais uma vez nos deparamos com a dificuldade de ser filho único.
Essa ajuda deve ser, tanto no alívio das tarefas como também financeiramente e o Governo deve ter ciência da dificuldade de muitas famílias.
O familiar/cuidador precisa:
- aprender a conhecer seus sentimentos: reconhecer e aceitar suas emoções são o primeiro passo para resolver os problemas de culpa e cansaço. Aprenda a expressar seus sentimentos aos outros membros da família, a amigos, grupos de apoio e/ou profissionais, e vocês acreditam mesmo que tenham ou apareçam pessoas dispostas a essa tarefa??? Nós familiares/cuidadores, temos muito a dizer, mas geralmente todos se afastam e nem a justiça nos ajuda.
- participar de Grupos de Apoio: além de informar sobre as doenças, os grupos permitem que os participantes aprendam uns com os outros, a desenvolver um espírito de solidariedade reduzindo assim a sensação de isolamento que normalmente o cuidador tem. Os Grupos de Apoio orientam ainda a como manter a calma e segurança no trato com o idoso e inclusive a cuidarem de si mesmo, para terem melhor disposição de enfrentar o seu cotidiano e preparar-se até mesmo para o momento da morte do idoso. Bastante importante, pois é ai que os outros problemas começam a aparecer, você se dedicou vários anos e deixou a sua sobrevivência por conta dos recursos do seu idoso e ai??? Quando isso ocorre, quem vai ajudar??? Você não tem direito a nada, nem ao menos continuar a receber a pensão do seu idoso. Eu procuro me ajudar por aqui, uso a internet para conscientizar as famílias iguais a minha e tentar chamar a atenção do nosso Governo sobre a necessidade de uma mudança urgente nas nossas leis, espero que outras pessoas façam o mesmo.
- mantenha a própria saúde: o seu bem estar afeta sua estima e sua própria habilidade em cuidar de alguém. O tomar conta de você mesmo é importante e envolve: alimentar-se corretamente, fazer exercícios, descansar/dormir o suficiente, permitir a você mesmo um tempo de relaxar. Consulte um profissional e verifique o que você pode e deve fazer para manter sua saúde em ordem.
Isto também é bastante importante, se ocupar com outros assuntos, pesquisar e fazer as coisas que lhe dão prazer e claro que tem medidas que ajudam bastante, como por exemplo, você saber que tem onde buscar ajuda para resolver os seus problemas.

 
 

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

A DIFÍCIL MISSÃO DE CUIDAR


Sobre o “cuidar” Leonardo Boff, teólogo e escritor, diz: “Cuidar é mais que um ato; é uma atitude. Portanto, abrange mais que um momento de atenção. Representa uma atitude de ocupação, preocupação, de responsabilização e de envolvimento afetivo com o outro”. Já Clarice Lispector, fiel a seu estilo conta: “Um amigo me chamou para cuidar da dor dele, guardei a minha no bolso. E fui”.
Que tarefa delicada é esta que compreende tantas dores e angústias, uma entrega espiritual e física quase sem limites? O diálogo abaixo expressa um pouco desta espécie de desconforto silencioso, confuso, perdido, triste:
“O que eu vim fazer aqui?
– Você pediu para ir ao banheiro, mamãe. Não estava com vontade?
– Mas, e agora que terminei, vou para lá ou eu vou para cá?”
O diálogo sensível e delicado entre Margarida Breno, 90 anos, vítima da doença de Alzheimer, enfermidade sem cura cujo principal sintoma é a perda de memória, e sua filha Romilda Breno Kiesshao, 67 anos, sua principal cuidadora, é apenas uma dentre as dificuldades enfrentadas pelas famílias quando um dos seus membros, por súbito acidente ou doença, se vê totalmente dependente. Nesses casos, é comum um integrante tornar-se o cuidador principal e é exatamente sobre ele que recai a maior parte da angústia e demandas da nova situação.
O cuidador sofre por diversas razões, seja enfrentar, desde situações corriqueiras até aspectos emocionais como a dificuldade de lidar com a dúbia emoção gerada pela presença de uma pessoa diferente do que era antes da doença: “Ele passa por uma espécie de luto”, explicou à ISTOÉ Emilie Godwin, terapeuta especializada em demandas do cuidador da Universidade de Virgínia (EUA). “Precisava parar para dar novo sentido à nova situação, mas existe uma forte demanda do presente.”
Além dos cuidados com o paciente, o cuidador ainda tem de dar conta da sua própria rotina, não raro eles adoecem junto com o doente.
Que me perdoe a grande Clarice Lispector: não há como “guardar a nossa dor no bolso” para cuidar do outro. Nesta relação, trilhamos uma mesma via de duas mãos de direção. Assim, nos tornamos “um”. Talvez por isso as consequências sejam tão delicadas.
Para isso, precisamos contar com a presença constante e ininterrupta de um cuidador  que no caso dos mais abastados, pode ser um ou mais profissionais contratados. Mas, na grande maioria dos casos, é mesmo um familiar que desempenha esta função.
Ocorre que, esse familiar, ao longo do tempo, vê-se obrigado à difícil escolha de abdicar dos estudos, da carreira profissional, emprego, enfim, de tudo, para dedicar-se ao portador da patologia.
Não é raro verificar casos em que, anos depois, quando o parente portador já não se encontrar mais entre nós e sua minguada aposentadoria por invalidez (quando há) cessa, aquele cuidador, já em idade avançada, que abriu mão de sua capacitação e vida profissional, passa, ele próprio, à condição de dependente de outros, por não ter mais como recomeçar a vida num mercado de trabalho tão competitivo quanto o brasileiro.
Dessa forma, é urgente que o Brasil acorde para a necessidade de uma  política pública para os cuidadores familiares, como a que já existe, há muito tempo, em vários países da Europa.
Ao contrário do que possa parecer inicialmente, esse tipo de política não atende apenas aos interesses dos portadores de patologias progressivas e incapacitantes e seus familiares, mas a toda a sociedade, na medida em que um paciente cuidado em casa onera menos o já deficitário serviço público de saúde e, consequentemente, o bolso de todos.
É hora, portanto, de nos unirmos em torno de mais esta bandeira. O momento me parece bem oportuno já que, a cada novo governo, renovam-se as esperanças de novos olhares, posturas e ações.

Fonte parcial: blogsaudebrasil.com.br 
Fonte parcial: portaldoenvelhecimento.org.br/noticias/cuidados  

segunda-feira, 16 de julho de 2012

EXIGINDO OS SEUS DIREITOS


Li vários artigos sobre o Estatuto do Idoso, que garante ao idoso uma série de direitos e prioridades, porém infelizmente este documento não contempla diretamente o cuidador. De forma indireta este também é privilegiado, por exemplo, por ter o direito de acompanhar seu familiar idoso durante uma internação hospitalar; ou mesmo por poder contar com a ajuda da aposentadoria do idoso que reside em sua casa e escolhe (o idoso) por dividir sua renda com a família, isso quando não acontece de a família precisar, por não ter outra fonte de renda por causa do seu próprio idoso.

Porém, esta é uma lei diretamente relacionada ao IDOSO. Sabemos que muitos idosos necessitam de um cuidador familiar para sobreviver e muitos destes cuidadores não contam com a ajuda de ninguém para cuidar do seu familiar idoso, ou não tem com quem dividir por ser filho único como eu. Além de toda esta carga de cuidados, muitos destes cuidadores também precisam trabalhar para garantir seu próprio sustento e do idoso e, infelizmente, desconheço qualquer lei que garanta a ele uma espécie de licença remunerada do trabalho. No serviço público, já ouvi falar de casos onde o funcionário consegue uma licença para cuidar de um familiar próximo doente, mas parece ser uma licença com tempo determinado, o que poderia não ajudar muito no caso de um idoso que pode necessitar de cuidados permanentes por muito tempo, então ocorre a exoneração e a dependência total da renda do idoso.

Outro problema que costuma ser comentado por nossos leitores é em relação à sobrecarga de ser o único cuidador familiar de um idoso dependente ou não. Sabemos que a sobrecarga do cuidador é um problema sério que pode ocasionar depressão, fadiga, ansiedade e até mesmo o aparecimento de doenças relacionadas ao estresse, porém também desconheço uma lei que obrigue o restante da família a se responsabilizar também pelo cuidado do idoso. O Estatuto prevê penalidades à família que abandona o idoso, mas neste sentido não protege o cuidador.

Volto a afirmar que toda a família deve se responsabilizar pelo idoso, mesmo porque além do amor incondicional que um filho tem por seus pais, isto também é lei, mas precisamos agir e fazer com que a sociedade reclame esse direito de ajuda pelo governo para famílias nestas condições.



quarta-feira, 20 de junho de 2012



SOMOS TODOS IGUAIS


"Sofrer e chorar significa viver." Fedor Dostoievski


Ontem eu ouvia uma canção que me fez parar e refletir, é uma música do grupo Catedral que falava que somos todos iguais. E somos mesmos, nascemos da mesma forma, todos dependentes de cuidados e sem nada saber. Somos os mesmos na partida, ou seja, todos morrem. Não adianta tentarmos retardar a morte nem a velhice. Um dos dois chegará até nós. Ou morreremos não importa a idade ou então ficaremos velhos (idosos).

Não sou uma adepta da plástica como meio de ficar jovem, até porque nunca mais ficaremos. Fica é engraçado o rosto rígido e os braços e as mãos mostrando a idade, não combinam muito. Mas não sou contra quem faz... Somos todos iguais independentes do que fizermos. Todos precisam se livrar dos lixos intestinais e não faz diferença quanto ao que se come ou bebe.

A jornada pela vida também não muda. Todos nós vivemos pelos mesmos objetivos, sobreviver aos nove meses de gestação, crescer, ter emprego, dinheiro, família e esperar a morte ou velhice chegar. Muitos exageram pelo meio do caminho trabalham de mais e esquecem de viver, apenas passam pelo tempo sem perceber a beleza da vida. Outros vêem tantos problemas em tudo que vai fazer que esquece de encontrar a saída e só fica envolvido no emaranhado de problemas. Não sai deles, pois eles passaram a ser parte da rotina, sem eles não saberia mais como agir.

Mas a jornada da vida continua a mesma, a sobrevivência. Somos iguais também no mentir e na verdade. Mentimos a nós mesmos muitas das vezes, para assegurarmos família, bens, emprego. Somos verdadeiros quando entramos no nosso mundo interior e encontramos nós mesmos. Somos todos iguais, nascemos sós e morreremos sós.

Diante de Deus também somos todos iguais enquanto vivos. Pecamos, necessitamos de salvação. A morte é que separa nossa igualdade perante Deus. Uns para glória outros para perdição eterna, se confessarmos ou não a Jesus como salvador. Jesus nos chama de irmãos devido a sermos da mesma família. Isso mostra que somos iguais perante Deus enquanto ser humano natural.

Não adianta ficarmos humilhando uns, exaltando outros pelos méritos financeiros, fama, beleza e outros. Não nos levará a outro lugar senão vida sem amor. Somos todos iguais na chegada e na partida como diz a canção. “No amor e na maldade”, muitos até nem sabem disso, mas somos iguais, se deixarmos seremos de todo amor se quisermos seremos de todo mal.

Então não adianta correr, todos chegaremos ao mesmo lugar. Correndo, andando ou sendo ajudado, agora no fim é que vem a escolha, e você que fim escolherá para sua vida terrena? ”A resposta está dentro de nós”







Autora: Silvia Leticia Carrijo de Azevedo Sá
Fonte:: http://meuartigo.brasilescola.com/religiao/somos-todos-iguais.htm

quinta-feira, 31 de maio de 2012

A FAMÍLIA QUE DEPENDE DO IDOSO


Parece meio estranho falar disto, mas é um fato que acontece com muita frequência no Brasil: muitas famílias se tornam economicamente dependentes da renda (aposentadoria) de um idoso que lhes é familiar próximo geralmente pai/mãe ou avô (ó); em outros casos percebemos uma dependência emocional em relação aos patriarcas e matriarcas. 
Para começar, iremos abordar o primeiro tipo: a dependência financeira. É comum conhecermos casos em que a aposentadoria do idoso não é suficiente para custear seus gastos básicos de alimentação, moradia e saúde visto que a média salarial de muitos idosos fica em torno e um salário mínimo ou pouco mais e, à medida que se envelhece, os gastos, em especial aqueles relativos à saúde (remédios, planos de saúde, consultas médicas e exames) tende aumentar, visto que algumas doenças e disfunções costumam aparecer com o avanço da idade. Estes idosos geralmente precisam do apoio financeiro de algum membro da família que more ou não na mesma residência para auxilia-los com suas despesas básicas.
Porém, há casos onde acontece o inverso. Sabe-se que nosso país vem sendo marcado pelo empobrecimento da classe média, as taxas de desemprego e subemprego são expressivas, ao mesmo tempo em que os salários não são suficientes para cobrir as despesas da maioria das famílias brasileiras. Neste contexto, um fato chama a atenção: os idosos voltam a serem chefes de família (pelo menos do ponto de vista econômico) e respondem por toda a despesa da casa ou por grande parte desta. Não seria problema contribuir com o orçamento da casa em que eles residem, porém, infelizmente muitos idosos são as únicas pessoas que possuem fontes de renda em algumas famílias e assim todo o seu dinheiro é usado integralmente com este intuito.
Isto geralmente ocorre principalmente nas famílias de um filho apenas, onde este precisa abdicar de seu trabalho para tomar conta de seus pais idosos, deixando de ter uma renda e vivendo da aposentadoria de seus idosos.
Claro que existem famílias que se aproveitam desta situação e usam de privação econômica, abuso e até de parasitismo, é por este motivo que cada família é um caso e deve ser analisado pelo Governo para saber se realmente existe a necessidade de continuar a receber esta aposentadoria depois do falecimento do seu idoso.

Por outro lado existe a dependência emocional, que ocorre de ambas as partes.
Os filhos porque não aceitam ver seus pais cada vez mais dependentes, perdendo sua autonomia, já não tendo vontade própria e nem controle de suas vontades, em contra partida, os pais idosos também se tornam reféns emocionalmente, porque percebem dia a dia que precisam do apoio (em todos os sentidos) deste filho.

O melhor remédio para um idoso dependente é uma família orientada e ciente de seu trabalho e de sua missão, com o devido respaldo do Município onde mora e do Governo do seu País.



Fonte parcial: http://www.cuidardeidosos.com.br     

sexta-feira, 11 de maio de 2012

...CARTA DE UMA MÃE PARA SUA FILHA ♥....


Minha homenagem a MINHA MÃE e a todas as mães do universo.

 Minha querida menina, no dia que você perceber que estou envelhecendo, eu peço a você para ser paciente, mas acima de tudo, tentar entender pelo o que estarei passando.

 Se quando conversarmos, eu repetir a mesma coisa dezenas de vezes, não me interrompa dizendo: “Você disse a mesma coisa um minuto atrás”. Apenas ouça,  por favor. Tente se lembrar das vezes quando você era uma criança e eu li a mesma história noite após noite até você dormir.

 Quando eu não quiser tomar banho, não se zangue e não me encabule. Lembra de quando você era criança eu tinha que correr atrás de você dando desculpas e tentando colocar você no banho?

 Quando você perceber que tenho dificuldades com novas tecnologias, me dê  tempo para aprender e não me olhe daquele jeito...lembre-se, querida, de como eu pacientemente ensinei a você muitas coisas, como comer direito, vestir-se, arrumar seu cabelo e lhe dar com os problemas da vida todos os dias...o dia que você ver que estou envelhecendo, eu lhe peço para ser paciente, mas acima de tudo, tentar entender pelo o que estarei passando.

 Se eu ocasionalmente me perder em uma conversa, dê-me tempo para lembrar e se eu não conseguir, não fique nervosa, impaciente ou arrogante.  Apenas lembre-se, em seu coração, que a coisa mais importante para mim é estar com você.

 E quando eu envelhecer e minhas pernas não me permitirem andar tão rápido  quanto antes, me dê sua mão da mesma maneira que eu lhe ofereci a minha em seus primeiros passos.

 Quando este dia chegar, não se sinta triste. Apenas fique comigo e me entenda, enquanto termino minha vida com amor. Eu vou adorar e agradecer pelo tempo  e alegria que compartilhamos. Com um sorriso e o imenso amor que sempre tive  por você, eu apenas quero dizer, "eu te amo minha querida filha”.



(Fonte: Spring in the Air)

sexta-feira, 4 de maio de 2012

A FAMÍLIA E O SEU IDOSO


Na Política Nacional do Idoso encontramos mais de 100 páginas, todas direcionadas ao bem estar do idoso, leis que protegem e beneficiam os Idosos do Brasil.

E claro fala-se muito sobre a importância da família, nos dois aspectos: da família que acolhe, protege e ampara e da família que se aproveita dos nossos velhinhos, como neste tópico:

 3. Espaço Familiar

Mais de 95% dos idosos residem com as famílias ou em suas próprias casas. Pelo fato de a família ser, no Brasil, o locus privilegiado de moradia e de cuidado dos idosos de todas as classes sociais, é preciso investir muito na sua competência para abrigá-los com respeito e dignidade. Embora possa parecer obvio à primeira vista, essa não é uma tarefa natural. Prova das dificuldades é o fato de que é nesse espaço que ocorre a maioria das violências físicas, psicológicas, econômicas e sexuais. O espaço familiar, portanto, merece ser foco de atenção em múltiplos sentidos: em termos de mudança cultural na forma de conceber a relação com a pessoa idosa; na preparação da casa para maior segurança; na formação de cuidadores familiares para os idosos dependentes; na proteção do Estado para as famílias que não têm condições de cuidar dos seus velhos.

Notem que em nenhum momento eles se lembraram de que muitas famílias vivem com os recursos conquistados ao longo de uma vida toda, que são suas aposentadorias.

Ações Estratégicas:
Fazer parcerias com a mídia (escrita, falada e televisionada) para colocar as questões do envelhecimento e o impacto desse processo nas famílias. Promoção de fóruns de discussão para famílias sobre a situação e a condição dos idosos em todas as capitais do país.
Criação e fortalecimento da rede de serviços de apoio às famílias que possuem idosos em seus lares (centro de convivência, centro de cuidados diurno, oficina abrigada de trabalho, atendimento domiciliar).

 Tudo isso é muito importante para nós familiares que cuidamos por anos a fio, mas nossa vida tem que continuar depois que eles nos deixarem, mas de que forma??? Se não existe nenhuma Lei que nos proteja.

 Só para concluir:

 “O fenômeno do envelhecimento no Brasil veio para ficar, configurando, ao mesmo tempo, uma conquista da qualidade de vida no país e um desafio que precisa ser enfrentado pelas famílias, pela sociedade e pelo Estado.”







Fonte parcial: Política Nacional do Idoso

quinta-feira, 26 de abril de 2012

MANUAL DO CUIDADOR DA PESSOA IDOSA


Especial destaque na proteção constitucional à pessoa idosa é o papel da família.
A família é a base da sociedade e merece atenção especial do Estado. A partir dessa conceituação, o Estado deverá assegurar assistência a cada um dos que a integram, criando mecanismos para coibir a violência no âmbito de suas relações (art. 226).
Além disso, da mesma forma que os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade.
Ainda com respeito ao aspecto familiar, é dever da família, bem como do Estado e da sociedade, amparar as pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o direito à vida (art. 230), sendo que os programas de amparo aos idosos serão executados, preferencialmente, em seus lares (§ 1º).

Isto é o que foi feito em 2008 pela Secretaria Especial dos Direito Humanos da Presidência da República, tudo muito bonito de se ler, mas não resolve os nossos problemas.



Fonte parcial: Os direitos da pessoa idosa na legislação, Paula Regina de Oliveira Ribeiro.



Pessoas idosas e seus cuidadores estão também protegidos pelos direitos humanos. As necessidades básicas das pessoas idosas e dos seus cuidadores devem ser atendidas para que o direito à vida possa ser respeitado. A vida é um direito humano fundamental, assim como envelhecer com dignidade é um direito humano fundamental.

E nós FILHOS ÚNICOS faremos de tudo para tudo isso se tornar menos penoso aos nossos pais, abandonamos a nossa vida para melhorar o final da vida deles, mas temos que garantir também o nosso envelhecimento e o nosso sustento.

 Você que passa por situação parecida deixe um comentário, participe da nossa pesquisa.



Fonte parcial: Direitos humanos e políticas públicas – Marília Anselmo Viana da Silva Berzins



quinta-feira, 19 de abril de 2012

A PROCURA DE SOLUÇÕES




Não  parece existir uma solução simples, fácil, única e sem custos.
Essa solução deverá ser uma decisão política e que leve em conta a superioridades da sociedade,  bem como os resultados não esperados da ampliação da cobertura da Seguridade Social pela Constituição de 1988 na redução da pobreza dos idosos e de suas famílias.
O que existe hoje é uma   AUSÊNCIA TOTAL  de PROGRAMAS GOVERNAMENTAIS de transferência de renda, ou algo semelhante.
A redução da fecundidade  desenha outra família brasileira. Aquela imagem do pai e da mãe sentados e cercados de filhos, filhas, agregados e netos é apenas uma fotografia de museu.  A família brasileira do século XXI é composta de pai, mãe e filho, quando não só mãe e filho. Resultado de políticas públicas, entre elas a Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), que concedeu o benefício de um salário mínimo para os maiores de 65 anos de idade em famílias com renda mensal per capta inferior a 1/4 do salário mínimo. O que não resolve o problema do cuidador familiar.
A tendência populacional pressupõe taxas maiores de dependência intergeracional - seja do idoso em relação aos seus dependentes, seja de jovens ainda dependendo da renda de pais e avós (NERI  et alli, 2004:523).
No Estatuto do Idoso está subjacente a  ideia  de uma pessoa incapaz, frágil a ser tutelada pelo Estado ou pela família, sem levar em conta que não existe legislação e nem atitude política para salvaguardar o filho único que cuida de seus pais. O Estatuto protege o idoso, mas não protege quem cuida deste idoso, (no caso de filho único).
Cresceu muito o número de domicílios brasileiros com pelo menos uma pessoa idosa, por isso tornou-se emergencial uma política para o cuidador. A OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda reconhecer e abordar as diferenças de gênero na tarefa do cuidador e fazer um esforço para apoia-los. Em sua maioria trata-se de mulheres idosas que cuidam de maridos e muitas vezes filhos que cuidam de pais, a dificuldade é ainda maior quando esse filho não tem mais irmãos. A OMS defende o apoio aos cuidadores informais como hospital-dia, pensões, subsídios financeiros, treinamento  e serviços de enfermagem a domicilio.
Tudo isso de suma importância, mas a saúde e a sobrevivência do cuidador também merecem cuidados e Leis para protegê-los.



Fonte parcial:   DINÂMICA DA POPULAÇÃO  BRASILEIRA E IMPLICAÇÕES PARA  A PREVIDÊNCIA SOCIAL -  Ana Amélia Camarano (IPEA)
O Envelhecimento Populacional na Agenda das Políticas Públicas -  Ana Amélia Camarano   e Maria Tereza Pasinato

terça-feira, 17 de abril de 2012

CUIDADOR DE IDOSO



O que estamos tentando mostrar aqui, são algumas diferenças com relação aos direitos que todos os idosos têm, mas que nem todos os cuidadores possuem.  Um exemplo  disso, é a suposta família que tem posses e contrata um cuidador de idosos. O contratante deverá assumir as seguintes obrigações para com o respectivo profissional:

salário mínimo garantido por lei, 13º salário e férias de 30 dias (salário mais 1/3)



repouso semanal, de preferência no domingo
licença gestante de 120 dias e a estabilidade no emprego até cinco após o parto
aposentadoria
aviso prévio de 30 dias
auxílio-doença pelo INSS. Não tem direito em caso de acidente de trabalho
seguro desemprego (se recolheu fundo de garantia por tempo de serviço, por pelo menos 15 meses)
vale transporte

juntamente com o empregador, recolher o INSS

finalmente, como todo trabalhador doméstico, fundo de garantia opcional pelo empregado

Conheço cuidadores de idosos em São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre, por exemplo, que ganham mais de R$ 1.800,00 (Hum mil e oitocentos reais), inclusive obrigando ao patrão ao recolhimento de seu Fundo de Garantia! Não é o que ocorre quando este cuidador é um membro da própria família, principalmente quando se trata de filho/a único.É um prazer enorme estar próximo do nosso idoso, fazer sua comidinha, lavar e passar suas roupas, cuidar da sua medicação sempre nos horários corretos, ajudá-los em sua locomoção, banhos, etc.

Penso que é principalmente nessa ocasião, que  não podemos deixar de pensar em nós próprias/os em primeiro lugar, pois é nossa vida e nossa sobrevivência que também está em questão, pois do contrário não estaremos de todo aptos a realizar com precisão todas essas tarefas.

E AÍ ME PERGUNTO: ONDE BUSCAR AJUDA? QUAL CAMINHO A SEGUIR?



Fonte parcial: www.cuidardeidosos.com.br

quinta-feira, 12 de abril de 2012

IDOSO CUIDADOR DE IDOSO



Recentemente li uma matéria do ” Jornal Gazeta do Povo do Paraná”, e qual foi minha surpresa ao compreender que, nas situações em que há apenas um filho, ou o casal não teve filhos, o Estado tem a obrigação de ser mais atuante. Caso o filho não tenha condições de cuidar sozinho dos pais, deve procurar a ajuda do SUS (Sistema Público de Saúde)  e até de voluntários, que são recrutados por igrejas. Se o casal não tem filhos ou parentes, pode igualmente solicitar essa ajuda e, em casos de omissão do poder público, pode interceder junto ao Ministério Público Estadual ou ao CEDI (Conselho Estadual do Idoso).
Essa constatação, faz parte do levantamento feito pela demógrafa Ana Amélia Camarano do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e ela vai além em, afirmar que cuidadores familiares com dedicação mínima de 36h semanais têm seis vezes mais chance de ter depressão, a expectativa de vida diminui em até 10 anos, e a taxa de mortalidade é 63% maior em relação à população normal. O risco de contrair doenças físicas e psicológicas é duas vezes maior no caso de idosos, que já têm a saude debilitada,  sendo que os riscos se potencializam, por isso, não é aconselhável que um idoso seja cuidador. O que ocorre em famílias sem filhos e parentes próximos.
Outra alternativa apontada por ela é o estímulo, por parte do governo federal, aos cuidadores familiares. Hoje, muitos filhos não assumem a função porque têm de trabalhar, ou, se assumem, precisam abrir mão do serviço. A pesquisadora defende uma série de medidas que hoje ainda são vistas com estranhamento, como inserir o cuidador familiar no sistema de previdência social, já que muitos filhos, geralmente os mais novos, cuidam dos pais até a morte desses, e, com o falecimento, perdem sua fonte de renda (a aposentadoria) e acabam na pobreza.
É isso exatamente o que estamos tentando fazer, mas estamos totalmente perdidos e sem saber por onde começar.

EM AGRADECIMENTO E AJUDA DE DIVULGAÇÃO

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MEUS AGRADECIMENTOS


Quero deixar registrado  aqui  que mandei a primeira postagem deste blog para ser publicada no Jornal da minha  cidade, Itatiba, para a conscientização da sociedade e aproveitei para pedir a ajuda de profissionais, políticos e de famílias que passam ou já passaram por situação igual ou semelhante a minha,  vocês poderão ter acesso através do link:




http://www.bancadigital.com.br/ji/reader2/Default.aspx?pID=1&eID=951&lP=4&rP=5&lT=page



Aproveito para agradecer a ajuda para a divulgação deste blog.

quarta-feira, 28 de março de 2012

O INÍCIO DO NOSSO FIM



Acho louvável o profissional "Cuidador de Idosos" (familiares ou contratados quando, a família tem posses) cujos cuidados e dedicação, tornam mais prazerosa a velhice, mesmo diante dos inconvenientes acrescidos dela (dificuldade de locomoção, doenças próprias da idade, etc..) e, a própria reintegração com dignidade à vida e a sociedade . Envelhecer se tornará no entanto, nas próximas décadas o sinônimo de exclusão da sociedade e, do ambiente originariamente familiar, se não for implantada uma Lei que possa salvaguardar os direitos do cuidador filho único de pais idosos. Em especial o filho único de classe C, pois este não tem condições de pagar por um profissional e por isso, tem que abandonar seu emprego e dedicar-se totalmente aos pais idosos, se utilizando da aposentadoria dos mesmos, para atender às necessidades de ambos ou, tendo que recorrer às migalhas do governo, se utilizando dos direitos do idoso em estatuto.





DEVEMOS LUTAR A FAVOR DE UM ENVELHECIMENTO DIGNO!



Coisas que não entendo mas, 
como todo e qualquer ser humano
 tento, tento..


Num futuro não muito distante, seremos um número gigantesco de idosos, o que me faz pensar com grande preocupação a respeito. Um exemplo dessa minha preocupação é a minha querida mãe, atualmente com 86 anos, muito bem vividos com a graça de Deus. Ocorre que tudo na vida, com o passar dos anos (mesmo numa situação financeira estável), vai se estreitando as condições, as alternativas e soluções.. Um exemplo disso, é que anterior ao falecimento de meu pai há um ano, ele com 86 anos, minha mãe já octogenária, era uma pessoa prá idade dela, dinâmica e totalmente independente fisicamente. Decorrida essa fatalidade de perder um companheiro de 61 anos de convivência, isso a abalou psicologicamente, desencadeando uma série de anomalias que até o momento não conseguimos sanar. Obviamente muitas delas, já estavam lá adormecidas e, após a perda de meu pai vieram como uma avalanche à tona. Sou filha única, divorciada, 53 anos e meus filhos e pais praticamente sempre moraram comigo. O tempo passou, os filhos casaram e, atualmente apenas minha filha e mamãe moram comigo. Uma situação prazerosa quando a felicidade e saúde imperam em nosso lar. Infelizmente não é isso que tenho vivido nos últimos tempos tendo em vista, as inúmeras doenças de mamãe. Já enquanto meu pai estava doente, muitas vezes fui por força das circunstâncias, obrigada a faltar no serviço (sempre com atestado) para socorrê-lo levando-o em médicos para consultas, hospitais para internação, etc. Depois de sua partida, logo a seguir, vieram os problemas decorrentes ou seja, mamãe adoeceu. Novas faltas para dar a ela todo o apoio e assistência necessária. Tirei férias e durante todo esse período me dediquei a mamãe mas, quando estava perto de eu voltar ao trabalho, concluí que não tinha mais condições alguma de deixar minha mãe sem uma companhia para cuidar dela. Tendo em vista essa percepção da situação, coloquei em casa uma pessoa de minha inteira confiança para essa tarefa (só assim eu ficaria tranquila). Decorridos alguns meses fui demitida e, devido a isso tive que dispensar a cuidadora. A exatos seis meses estou desempregada e tenho continuado a priorizar os cuidados com mamãe. É muita fadiga, stress, abandono de mim mesma (em todos os sentidos), pois ela exige muito cuidado e acompanhamento constante (remédios, locomoção, alimentação..) e meus filhos moram em outras cidade e minha filha solteira, trabalha e estuda. Sinto-me muito sozinha, desamparada pela Lei e à beira de uma grande depressão. Tudo o quanto faço por ela não tem preço mas, não posso me furtar a pensar, o que o futuro me reservará quando sua perda for inevitável.. Longe sete anos de me aposentar e, com gastos altos e extras (tenho ajuda da pensão de minha mãe e falecido pai) eu me pergunto: Quais os respaldos que a lei oferece ao cuidador (filho único) principalmente nessa situação, na qual não dispõe de condições financeiras para pagar um cuidador, enquanto a suposta filha vai trabalhar. Sim, porque moralmente um filho tem por obrigação de cuidar dos pais idosos (sendo ele filho único ou não) e eu, naturalmente não estou fugindo dessa responsabilidade por amor e por dever de filha. Então me pergunto, nessas circunstâncias (claro que totalmente devidamente documentadas) será que o suposto filho/a não teria o direito a se beneficiar da aposentadoria (pai) quando sua mãe inevitavelmente se for? Acho que nada mais lógico, humano e coerente, tendo em vista o fato de que, após o falecimento da mãe não terei nenhuma renda para sobreviver até que consiga me aposentar, nem mesmo para o recolhimento do GPS . Penso nas inúmeras reformas da Lei, muitas delas nunca são postas em prática. Penso nas pequenas emendas que nunca saíram do papel. Penso em tanta palavra bonita inserida nisso tudo. Penso finalmente, quando será aprovada e entrará em vigor a lei que diz e pratica: LEI QUE BENEFICIA TOTALMENTE (DURANTE E DEPOIS) FILHO ÚNICO CUIDADOR DE PAIS IDOSOS. Será sonhar demais??