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terça-feira, 25 de setembro de 2012

QUEM CUIDA DE QUEM: RELAÇÃO PAIS X FILHOS NA MATURIDADE


Nascimento, crescimento e envelhecimento fazem parte do processo natural de qualquer família. A cada ciclo da vida, os componentes se modificam para conviverem melhor entre si. Na velhice não é diferente! É uma fase que proporciona novas emoções e desafios para o indivíduo e seus familiares.
Envelhecer é um processo contínuo e constante em nossas vidas e ocorre desde que nascemos. Com a maior expectativa de vida da população a convivência entre gerações tem ocorrido por mais tempo, o que promove mudanças nas relações, não só afetivas como também financeiras.
Dúvidas, inseguranças e medos podem surgir entre os familiares, principalmente nos filhos. Como lidar com algumas características tão peculiares dos pais idosos?
O envelhecimento de uma pessoa perpassa por diversas transformações físicas e psíquicas. O idoso costuma apresentar uma menor velocidade no processamento das informações, assim como a memória começa a falhar. As características da personalidade tendem a ser exacerbadas.
Os filhos podem se sentir confusos com esse processo. Aquele pai, antes visto como herói, forte, que sempre cuidou da família, começa a se fragilizar. Precisa ser cuidado e, geralmente, torna-se mais carente de afeto e atenção. Como lidar com isso? Em uma família numerosa torna-se mais fácil, enquanto que no nosso caso filho único a responsabilidade e a dedicação torna-se muito maior.

Tornar-se pai do seu pai ou mãe da sua mãe.

Nesse dilema, alguns filhos tendem a inverter os papéis com seus pais. “Tornam-se pais dos seus pais”. Mas, será que essa atitude, por mais que saibamos ser uma forma de cuidado, é saudável e a melhor para os mais velhos? Qual será o impacto psicológico disso para eles?
Os idosos são pessoas que, apesar de estarem passando por transformações, têm mais anos de experiência na vida adulta que seus filhos. Eles desejam ou precisam ser cuidados, apoiados, mas não infantilizados ou colocados em um papel de menor valia dentro da dinâmica familiar e social.
Ocorre, um empobrecimento relacional comum nessa fase da vida decorrente da diminuição do contato social. Isso pode culminar em um isolamento excessivo gerando diversas questões emocionais, como desamparo, insegurança, solidão, aumento da ansiedade e até depressão. Alguns fatores como a aposentadoria e a perda do companheiro tendem a intensificar tais comportamentos. Nesse contexto, a inversão de papéis entre pais e filhos pode agravar a situação. Quando isso ocorre, os idosos sentem-se dependentes e desvalorizados gerando uma baixa na autoestima e na autoimagem. A autonomia sobre suas próprias vidas torna-se restrita e a busca pela realização de conquistas pessoais é diminuída. É neste momento que aparecem as doenças e os cuidados aumentam.

A importância dos filhos

 Essa fase se configura em uma etapa de desenvolvimento, elaboração e realização de projetos pessoais. Há uma sabedoria e experiência adquiridas ao longo da vida que podem ser convertidas em aprendizado e transformações, de ambos os lados.
A família como um todo, principalmente os filhos, tem um papel fundamental nesse processo. É importante que o idoso sinta-se pertencente e participante desse grupo e não isolado.
Apoiar, acompanhar, dar atenção, suporte e carinho são formas de demonstrar afeto mais eficaz. Respeitar suas vontades e necessidades enquanto pessoas. Deixa-los realizar suas atividades e viver suas vidas como desejam são aspectos fundamentais para o melhor relacionamento entre pais e filhos na maturidade!


Por Viviane Lajter

2 comentários:

  1. Eu sou mãe da minha mãe desde criança,pois ela é bipolar e nunca soube cuidar de mim. Agora está com várias doenças além desta e não consegue fazer nada sozinha. Eu tenho depressão e não tenho ninguém pra me ajudar. Todos se sensibilizam com os idosos,mas ninguém pensa no sofrimento dos filhos que não podem viver a própria vida.

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  2. Namoro há quase 6 anos, meu namorado é filho único e a mãe dele uma idosa (65 anos) com depressão. Eu fui a primeira namorada dele e no início ele escondeu os problemas da mãe, mas cansou de me deixar na mão por conta dela, porém no início eu não sabia os motivos. Levei 3 anos pra ser apresentada a mãe dele e desde o início ela não gostou de mim,, acredito q nem seja pessoal, apenas que ela não quer dividir o filho com quem quer q seja. Namoramos a distância por 5 anos e meio +/-. Eu em São Paulo e ele no Rio de janeiro. No final de dezembro/2017 Vim embora pro Rio de janeiro com o meu filho de 7 anos (mudança nada fácil pois o pai do meu filho não concordava), para ficarmos mais perto, acreditei que seria mais fácil por ele não ter q viajar para ficarmos juntos, pois sempre q ele ia passar o fds comigo ela piorava e vira e mexe ele voltava antes do planejado, preocupado com ela. Atualmente moro praticamente de frente com a casa dele, porém as coisas não melhoram. Tentei muito me dar bem com ela, mesmo não concordando com algumas atitudes, porém ela não quis e eu vejo q ela morre de ciúmes do filho, as vezes ela age de determinada maneira que pra mim é como se tivesse se aproveitando do problema pra justificar coisas e conseguir o que quer. Meu namorado é um ótimo filho porém tenho a impressão que não conseguirá o mesmo como parceiro por conta da mãe. Ele a defende e passa a mão na cabeça o tempo todo e cada vez mais abre mão da própria vida pela mãe dele. mesmo sabendo que é mãe dele, q é obrigação cuidar e tudo o mais, acho injusto demais com ele as proporções pois não consegue viver a própria vida e a mãe o manipula. Definitivamente não consigo mais ter perspectiva com o nosso relacionamento pois não posso fazer nenhum plano com ele e tudo é só quando ELE quer ou ele pode. Fico realmente muito triste pois ele já está com quase 30 anos e acredito que ninguém mais tentaria como eu tentei e estou tentando até hj passando por cima de tantas coisas, mesmo irritada em ver que ela manipula ele para nos prejudicar e acaba conseguindo sempre oq quer. Sinto como se a minha vida, pelomenos com ele, estivesse nas mãos dela e ODEIO isso. Já tivemos discussões por esses motivos inclusive, passamos a ter mais problemas juntos do q tempo de qualidade. Não quero q ele abandone a mãe dele, jamais. Só quero que ele não deixe de viver a própria vida, sendo comigo ou não, pois a mãe dele viveu a vida dela, ela é de idade, e não sei como ela não pensa nisso : "um dia eu vou morrer, não estou deixando o meu filho viver, a vida dele só é dedicada a mim e quando eu for ele vai ficar sozinho". Não sei mais como lidar com toda essa situação.

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