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quinta-feira, 12 de abril de 2012

IDOSO CUIDADOR DE IDOSO



Recentemente li uma matéria do ” Jornal Gazeta do Povo do Paraná”, e qual foi minha surpresa ao compreender que, nas situações em que há apenas um filho, ou o casal não teve filhos, o Estado tem a obrigação de ser mais atuante. Caso o filho não tenha condições de cuidar sozinho dos pais, deve procurar a ajuda do SUS (Sistema Público de Saúde)  e até de voluntários, que são recrutados por igrejas. Se o casal não tem filhos ou parentes, pode igualmente solicitar essa ajuda e, em casos de omissão do poder público, pode interceder junto ao Ministério Público Estadual ou ao CEDI (Conselho Estadual do Idoso).
Essa constatação, faz parte do levantamento feito pela demógrafa Ana Amélia Camarano do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e ela vai além em, afirmar que cuidadores familiares com dedicação mínima de 36h semanais têm seis vezes mais chance de ter depressão, a expectativa de vida diminui em até 10 anos, e a taxa de mortalidade é 63% maior em relação à população normal. O risco de contrair doenças físicas e psicológicas é duas vezes maior no caso de idosos, que já têm a saude debilitada,  sendo que os riscos se potencializam, por isso, não é aconselhável que um idoso seja cuidador. O que ocorre em famílias sem filhos e parentes próximos.
Outra alternativa apontada por ela é o estímulo, por parte do governo federal, aos cuidadores familiares. Hoje, muitos filhos não assumem a função porque têm de trabalhar, ou, se assumem, precisam abrir mão do serviço. A pesquisadora defende uma série de medidas que hoje ainda são vistas com estranhamento, como inserir o cuidador familiar no sistema de previdência social, já que muitos filhos, geralmente os mais novos, cuidam dos pais até a morte desses, e, com o falecimento, perdem sua fonte de renda (a aposentadoria) e acabam na pobreza.
É isso exatamente o que estamos tentando fazer, mas estamos totalmente perdidos e sem saber por onde começar.

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