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quinta-feira, 31 de maio de 2012

A FAMÍLIA QUE DEPENDE DO IDOSO


Parece meio estranho falar disto, mas é um fato que acontece com muita frequência no Brasil: muitas famílias se tornam economicamente dependentes da renda (aposentadoria) de um idoso que lhes é familiar próximo geralmente pai/mãe ou avô (ó); em outros casos percebemos uma dependência emocional em relação aos patriarcas e matriarcas. 
Para começar, iremos abordar o primeiro tipo: a dependência financeira. É comum conhecermos casos em que a aposentadoria do idoso não é suficiente para custear seus gastos básicos de alimentação, moradia e saúde visto que a média salarial de muitos idosos fica em torno e um salário mínimo ou pouco mais e, à medida que se envelhece, os gastos, em especial aqueles relativos à saúde (remédios, planos de saúde, consultas médicas e exames) tende aumentar, visto que algumas doenças e disfunções costumam aparecer com o avanço da idade. Estes idosos geralmente precisam do apoio financeiro de algum membro da família que more ou não na mesma residência para auxilia-los com suas despesas básicas.
Porém, há casos onde acontece o inverso. Sabe-se que nosso país vem sendo marcado pelo empobrecimento da classe média, as taxas de desemprego e subemprego são expressivas, ao mesmo tempo em que os salários não são suficientes para cobrir as despesas da maioria das famílias brasileiras. Neste contexto, um fato chama a atenção: os idosos voltam a serem chefes de família (pelo menos do ponto de vista econômico) e respondem por toda a despesa da casa ou por grande parte desta. Não seria problema contribuir com o orçamento da casa em que eles residem, porém, infelizmente muitos idosos são as únicas pessoas que possuem fontes de renda em algumas famílias e assim todo o seu dinheiro é usado integralmente com este intuito.
Isto geralmente ocorre principalmente nas famílias de um filho apenas, onde este precisa abdicar de seu trabalho para tomar conta de seus pais idosos, deixando de ter uma renda e vivendo da aposentadoria de seus idosos.
Claro que existem famílias que se aproveitam desta situação e usam de privação econômica, abuso e até de parasitismo, é por este motivo que cada família é um caso e deve ser analisado pelo Governo para saber se realmente existe a necessidade de continuar a receber esta aposentadoria depois do falecimento do seu idoso.

Por outro lado existe a dependência emocional, que ocorre de ambas as partes.
Os filhos porque não aceitam ver seus pais cada vez mais dependentes, perdendo sua autonomia, já não tendo vontade própria e nem controle de suas vontades, em contra partida, os pais idosos também se tornam reféns emocionalmente, porque percebem dia a dia que precisam do apoio (em todos os sentidos) deste filho.

O melhor remédio para um idoso dependente é uma família orientada e ciente de seu trabalho e de sua missão, com o devido respaldo do Município onde mora e do Governo do seu País.



Fonte parcial: http://www.cuidardeidosos.com.br     

sexta-feira, 11 de maio de 2012

...CARTA DE UMA MÃE PARA SUA FILHA ♥....


Minha homenagem a MINHA MÃE e a todas as mães do universo.

 Minha querida menina, no dia que você perceber que estou envelhecendo, eu peço a você para ser paciente, mas acima de tudo, tentar entender pelo o que estarei passando.

 Se quando conversarmos, eu repetir a mesma coisa dezenas de vezes, não me interrompa dizendo: “Você disse a mesma coisa um minuto atrás”. Apenas ouça,  por favor. Tente se lembrar das vezes quando você era uma criança e eu li a mesma história noite após noite até você dormir.

 Quando eu não quiser tomar banho, não se zangue e não me encabule. Lembra de quando você era criança eu tinha que correr atrás de você dando desculpas e tentando colocar você no banho?

 Quando você perceber que tenho dificuldades com novas tecnologias, me dê  tempo para aprender e não me olhe daquele jeito...lembre-se, querida, de como eu pacientemente ensinei a você muitas coisas, como comer direito, vestir-se, arrumar seu cabelo e lhe dar com os problemas da vida todos os dias...o dia que você ver que estou envelhecendo, eu lhe peço para ser paciente, mas acima de tudo, tentar entender pelo o que estarei passando.

 Se eu ocasionalmente me perder em uma conversa, dê-me tempo para lembrar e se eu não conseguir, não fique nervosa, impaciente ou arrogante.  Apenas lembre-se, em seu coração, que a coisa mais importante para mim é estar com você.

 E quando eu envelhecer e minhas pernas não me permitirem andar tão rápido  quanto antes, me dê sua mão da mesma maneira que eu lhe ofereci a minha em seus primeiros passos.

 Quando este dia chegar, não se sinta triste. Apenas fique comigo e me entenda, enquanto termino minha vida com amor. Eu vou adorar e agradecer pelo tempo  e alegria que compartilhamos. Com um sorriso e o imenso amor que sempre tive  por você, eu apenas quero dizer, "eu te amo minha querida filha”.



(Fonte: Spring in the Air)

sexta-feira, 4 de maio de 2012

A FAMÍLIA E O SEU IDOSO


Na Política Nacional do Idoso encontramos mais de 100 páginas, todas direcionadas ao bem estar do idoso, leis que protegem e beneficiam os Idosos do Brasil.

E claro fala-se muito sobre a importância da família, nos dois aspectos: da família que acolhe, protege e ampara e da família que se aproveita dos nossos velhinhos, como neste tópico:

 3. Espaço Familiar

Mais de 95% dos idosos residem com as famílias ou em suas próprias casas. Pelo fato de a família ser, no Brasil, o locus privilegiado de moradia e de cuidado dos idosos de todas as classes sociais, é preciso investir muito na sua competência para abrigá-los com respeito e dignidade. Embora possa parecer obvio à primeira vista, essa não é uma tarefa natural. Prova das dificuldades é o fato de que é nesse espaço que ocorre a maioria das violências físicas, psicológicas, econômicas e sexuais. O espaço familiar, portanto, merece ser foco de atenção em múltiplos sentidos: em termos de mudança cultural na forma de conceber a relação com a pessoa idosa; na preparação da casa para maior segurança; na formação de cuidadores familiares para os idosos dependentes; na proteção do Estado para as famílias que não têm condições de cuidar dos seus velhos.

Notem que em nenhum momento eles se lembraram de que muitas famílias vivem com os recursos conquistados ao longo de uma vida toda, que são suas aposentadorias.

Ações Estratégicas:
Fazer parcerias com a mídia (escrita, falada e televisionada) para colocar as questões do envelhecimento e o impacto desse processo nas famílias. Promoção de fóruns de discussão para famílias sobre a situação e a condição dos idosos em todas as capitais do país.
Criação e fortalecimento da rede de serviços de apoio às famílias que possuem idosos em seus lares (centro de convivência, centro de cuidados diurno, oficina abrigada de trabalho, atendimento domiciliar).

 Tudo isso é muito importante para nós familiares que cuidamos por anos a fio, mas nossa vida tem que continuar depois que eles nos deixarem, mas de que forma??? Se não existe nenhuma Lei que nos proteja.

 Só para concluir:

 “O fenômeno do envelhecimento no Brasil veio para ficar, configurando, ao mesmo tempo, uma conquista da qualidade de vida no país e um desafio que precisa ser enfrentado pelas famílias, pela sociedade e pelo Estado.”







Fonte parcial: Política Nacional do Idoso